Essa resenha é de um livro que tenho com muito carinho, primeiramente pela forma como o encontrei, sozinho e perdido no canto de uma prateleira da livraria enquanto eu tentava trocar um livro que ganhei repetido, mas também por nunca ter ouvido falar do livro antes desse dia. É um livro extraordinário e sempre que alguém lê depois da minha indicação me pergunta em seguida "Mas como que ninguém divulga esse livro?", bem, também não sei... De qualquer forma, "Caçadores de Bruxas" é o primeiro livro de uma série de pelo menos três, "Corações de Neve" já foi publicado e "Círculos de Chuva" que está previsto para agosto de 2010.
Dragões de Éter - Caçadores de Bruxas
Raphael Dracoon
DRACOON, Raphael. Caçadores de Bruxas. 1.ed. São Paulo: Editora Planeta. 2007. 420 p. Série Dragões de Éter - Livro 1.
Raphael Draccon é roteirista profissional e autor de literatura fantástica contemporânea, ficção de horror e romances sobrenaturais. É o autor mais jovem a assinar com os braços nacionais de duas das maiores holdings editoriais do mundo, e roteirista premiado pela American Screenwriter Association.
Nova Éter não é um lugar comum. À primeira vista, pode até parecer que seja, mas a verdade é que apesar de tudo se mostrar tão concreto e palpável, ele pode ser alterado a qualquer momento. Isso se dá porque esse é um lugar que existe apenas enquanto os semideuses (filhos dos deuses) queiram que ele exista, basta que eles esqueçam do mundo por um instante que tudo deixa de existir. Parece complicado? Isso é porque ainda não ouvisse a história de alguns moradores de lá...
O bardo que narra o livro nos leva ao principal reino de Nova Éter, governado pelo Rei dos reis, Primo Brandford. Este reino prospera após uma terrível página de sua história, uma página cheia de bruxas praticantes de magia negra, que foram aniquiladas após a Caça às Bruxas, mas que antes causaram danos terríveis. Apesar do período de calmaria, o povo ainda lembra dos sofrimentos dessa época, e sob o manto de perfeição que cobre o reino, ainda restam as cicatrizes desse passado sombrio.
E acompanhando Ariane, Anísio, Axel, Branca, João, Liriel, Maria, Snail por um mundo de fadas, bruxas, orcs, anões, reis e piratas, o leitor descobre que o que o manto cobria não eram apenas cicatrizes, haviam ainda feridas abertas. Pelas páginas conhecemos melhor os personagens enquanto eles também descobrem a si mesmos. Nenhum dos personagens é linear, todos guardam alguma surpresa páginas a frente; pode-se até ter um preferido, mas dificilmente não se vai gostar de todos eles. Fora a surpresa de se encontrar diversas referências a histórias já consagradas. E para quem acha que é impossível se conseguir uma boa história misturando as partes mais sombrias dos contos de fadas, aviso que o impossível não existe num mundo feito de éter.
FRASES
"Primeiro, o assassino. Certo, se você está acompanhando e entendendo a narração dessa história, considero que está do ponto de vista humano da narrativa, e, por esse prisma, o lobo gigantesco nada mais é que um assassino de senhoras solitárias e indefesas. Mas você não pensaria assim se compreendesse os fatos pelo lado animal da história." p.19
"- Resolvi seguir seu conselho, mesmo porque esse dia me pareceu propício para agir de forma diferente à que tenho costumado agir. Você quer saber realmente por que voltei aqui após ser escorraçado como um cachorro, Liriel Gabbiani?
'Eu reespondo: resolvi fazer um favor de graça a alguém, ao menos uma vez em minha vida.'" p.394-395
O bardo que narra o livro nos leva ao principal reino de Nova Éter, governado pelo Rei dos reis, Primo Brandford. Este reino prospera após uma terrível página de sua história, uma página cheia de bruxas praticantes de magia negra, que foram aniquiladas após a Caça às Bruxas, mas que antes causaram danos terríveis. Apesar do período de calmaria, o povo ainda lembra dos sofrimentos dessa época, e sob o manto de perfeição que cobre o reino, ainda restam as cicatrizes desse passado sombrio.
E acompanhando Ariane, Anísio, Axel, Branca, João, Liriel, Maria, Snail por um mundo de fadas, bruxas, orcs, anões, reis e piratas, o leitor descobre que o que o manto cobria não eram apenas cicatrizes, haviam ainda feridas abertas. Pelas páginas conhecemos melhor os personagens enquanto eles também descobrem a si mesmos. Nenhum dos personagens é linear, todos guardam alguma surpresa páginas a frente; pode-se até ter um preferido, mas dificilmente não se vai gostar de todos eles. Fora a surpresa de se encontrar diversas referências a histórias já consagradas. E para quem acha que é impossível se conseguir uma boa história misturando as partes mais sombrias dos contos de fadas, aviso que o impossível não existe num mundo feito de éter.
"Primeiro, o assassino. Certo, se você está acompanhando e entendendo a narração dessa história, considero que está do ponto de vista humano da narrativa, e, por esse prisma, o lobo gigantesco nada mais é que um assassino de senhoras solitárias e indefesas. Mas você não pensaria assim se compreendesse os fatos pelo lado animal da história." p.19
"É interessante como é penas em momentos como aquele de Maria, quando se está sozinho e em silêncio, que as pessoas podem fazer uma autocrítica sincera sobre as próprias atitudes diante da vida." p.65
"- Resolvi seguir seu conselho, mesmo porque esse dia me pareceu propício para agir de forma diferente à que tenho costumado agir. Você quer saber realmente por que voltei aqui após ser escorraçado como um cachorro, Liriel Gabbiani?
'Eu reespondo: resolvi fazer um favor de graça a alguém, ao menos uma vez em minha vida.'" p.394-395
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