Desafio Literário: META 9: um romance histórico
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A Jóia de Medina
Sherry Jones
JONES, Sherry. A Jóia de Medina. 1.ed. Rio de Janeiro: Editora Record. 2009. 428 p.
Escritora americana, decidiu que escreveria um livro com pouco mais de vinte anos, mas não achava inspiração. Leva pelas palavras de Hemingway de que ninguém deveria escrever um livro antes dos 30 anos, deu tempo ao tempo. Já com quarenta se deparou com a história de A'isha bint Abi Bakr e foi quando escreveu seu primeiro livro, "A Jóia de Medina", e sua continução, "The Sword of Medina".
A'isha tinha apenas seis anos quando entrou em purdah (isolamento da noiva para que não fique impura até o casamento); com nove anos se casou, mas apenas com doze foi morar com seu marido: o profeta Maomé.
Este livro nos leva a acompanhar a esposa-menina do profeta, a mais jovem de seu harém, mas não a menos importante. Vemos ela crescer, física, espiritual e moralmente. Vemos ela aprender a amar seu marido e seu marido aprender a amá-la como sua esposa e não como uma filha.
Ao contrário do que muitos pensam do tratamento das mulheres no Islã, o livro mostra como Maomé buscava acabar com a submissão feminina e como A'isha ganhou seu coração por ser uma mulher destemida e com fortes opiniões. Isso, claro, quando não prejudicava alguém por causa de seus ciúmes (não que a culpe, ela dividia a casa e o marido com mais nove mulheres).
Eu que não conheço a religião islâmica além do que se pode considerar conhecimento geral, esperava aprender um pouco mais com o livro, mas a autora não focou nestes aspectos, o que não quer dizer que tenha sido decepcionante o livro. Ela nos apresenta pessoas com as quais podemos nos identificar, situações com as quais nos relacionamos independente da religião. A propósito, uma anotação para a "caderneta de cultura inútil" de vocês: a publicação deste livro foi impedida durante um bom tempo nos Estados Unidos sob alegações de que poderia incitar uma revolta da população muçulmana.
Este livro nos leva a acompanhar a esposa-menina do profeta, a mais jovem de seu harém, mas não a menos importante. Vemos ela crescer, física, espiritual e moralmente. Vemos ela aprender a amar seu marido e seu marido aprender a amá-la como sua esposa e não como uma filha.
Ao contrário do que muitos pensam do tratamento das mulheres no Islã, o livro mostra como Maomé buscava acabar com a submissão feminina e como A'isha ganhou seu coração por ser uma mulher destemida e com fortes opiniões. Isso, claro, quando não prejudicava alguém por causa de seus ciúmes (não que a culpe, ela dividia a casa e o marido com mais nove mulheres).
Eu que não conheço a religião islâmica além do que se pode considerar conhecimento geral, esperava aprender um pouco mais com o livro, mas a autora não focou nestes aspectos, o que não quer dizer que tenha sido decepcionante o livro. Ela nos apresenta pessoas com as quais podemos nos identificar, situações com as quais nos relacionamos independente da religião. A propósito, uma anotação para a "caderneta de cultura inútil" de vocês: a publicação deste livro foi impedida durante um bom tempo nos Estados Unidos sob alegações de que poderia incitar uma revolta da população muçulmana.
"Na verdade, nossos destinos estavam definidos desde o berço. Podíamos moldar o futuro, mas não escapar dele, por mais que penetrássemos o deserto." p.267
"E agora ele tinha me dado a liberdade e o poder de escolher o meu próprio destino, a maior dádiva que alguém já tinha me oferecido. Ao fazer isso, ele tinha me tornado completa e definitivamente sua." p.377
"E agora ele tinha me dado a liberdade e o poder de escolher o meu próprio destino, a maior dádiva que alguém já tinha me oferecido. Ao fazer isso, ele tinha me tornado completa e definitivamente sua." p.377
Uia, esse ultimo trecho me deu arrepios, rs.
ResponderExcluirMe amarro nessas histórias por detrás da estória.
Dica anotada!
Bj
"A Jóia de Medina" é uma história com fortes temas feministas. Achei A'isha muito inspirador e sua história de amor com Muhammad para ser poderoso. Obrigado por escrever sobre este livro. Eu espero que você vai ler a continuação, em que A'isha realmente encontra seu poder.
ResponderExcluir-- Sherry Jones, autor