segunda-feira, 18 de abril de 2011

"Eu Sou o Galo" de Elysanna Louzada

.o. Eu Sou o Galo .o.
Elysanna Louzada


LOUZADA, Elysanna. Eu sou o galo. 1ed. São Paulo: Scortecci. 2011. 62p.

SOBRE A AUTORA
Elysanna é graduada em Letras - Inglês. Mora em Vargem Alta, interior do Espírito Santo, com o marido e dois filhos. Acordou inúmeras vezes com o galo cantando na casa da avó. Sempre teve curiosidade em saber como os pequenos aprendiam a cantar.

sábado, 16 de abril de 2011

Meu Carteiro Querido #7

Aqui vai mais algumas coisinhas fantásticas que a minha carteira querida trouxe nas últimas semanas!

Primeiro veio o livro que do booktour que a Lis organizou no blog dela (Bookaholic Lis). Logo em seguida eu ganhei um livro num sorteio também no blog da Lis (estou achando que ela me dá sorte =P) que chegou também nesse meio tempo e que já entrou pra lista de leitura desse ano.

Blog Tour da Lis - The Secret Year
Prêmio do sorteio do Bookaholic Lis

E há poucos dias a escritora Elysanna Louzada me procurou pra resenhar o livro dela e me mandou duas cópias autografadas, dois marcadores de página autografados e um bloquinho de notas! Tudo muito fofo, olha só:
Cortesia da autora e futuro prêmio de sorteio no blog.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A imagem no espelho

As pessoas mudam. Isto é um fato. Sei disso porque eu mudei. Drasticamente, a propósito. Eu costumava estar entre os populares e eu amava isso. E, desta posição de superioridade, eu costumava julgar as pessoas; mas pelo que elas eram e não por aquilo que elas tinham feito. Eu costumava acreditar que dinheiro era tudo o que importava. Dinheiro sempre significou poder, e era isso o que eu mais valorizava. Eu costumava achar que meu sobrenome era tudo que eu precisava para que as pessoas me respeitassem. Para que me temessem, na verdade. Eu sei, bastante estúpido, não? E o que deixava tudo ainda pior era que aqueles a quem eu chamava de amigos também acreditavam nas mesmas coisas. Costumávamos repetir que nós, filhos da elite, devíamos ficar sempre juntos. 

Ao relembrar esses tempos eu ainda me surpreendo. Eu costumava ter tanta certeza do que eu queria, mas agora... Eu tento lembrar quando que tudo mudou. Eu acredito que tenha sido após um incidente ocorrido há alguns anos... 

Eu e meus amigos ainda estávamos no colégio agindo como se não houvesse regras. Pelo menos regras que se aplicassem a nós. O dinheiro que sabíamos que nossos pais doavam à escola nos colocava numa posição segura, onde nenhuma conseqüência nos atingia. 

Mas então ocorreu o tiroteio. Um tiroteio em nossa escola, em nosso reduto de poder, no único lugar que nos sentíamos protegidos da selvageria que tomava conta das ruas naqueles dias. Mas naquela tarde, a selvageria invadiu a zona de paz. 

Todos fugiram. A maior parte de meus amigos se uniu aos invasores; estavam sempre dispostos a se unir aos que tinham o poder. Os restantes fugiram de medo. E nem ao menos um lembrou de mim. Nenhum deles lembrou da amiga que havia quebrado a perna algumas horas antes. 

Eu ainda precisava de ajuda para caminhar e meus amigos sabiam disso. Meu namorado sabia disso, pelo amor de Deus! E eles não vieram me buscar. Eles me abandonaram machucada e com medo deitada numa cama. Se não fosse pela enfermeira do colégio e alguns outros alunos, eu provavelmente teria morrido e eles nunca teriam notado. Alguns dos alunos que me ajudaram nem ao menos gostavam de mim. Na verdade, não duvido que me desprezavam, já que eu era parte do grupo que os usava como alvos de "brincadeiras" nem um pouco saudáveis pelos corredores da escola. E tudo isso só por diversão. E mesmo assim eram eles que estavam estendendo a mão para mim. 

É curioso que teve de acontecer isto para me abrir os olhos, para me fazer ver que o que importa não é o seu nome, ou sua família, ou seu sangue. Principalmente não o sangue. Naquele dia ficou claro para todos que quisessem ver, que todos sangrávamos igual, vermelho. Ali eu compreendi que o sangue azul que tanto prezávamos é tão real quanto os pretensos direitos que afirmávamos ter. 

Um dos meus professores sempre dizia que não importa quem você é, mas as escolhas que você faz. Eu costumava rir disso, mas hoje vejo que é verdade. 

Hoje, anos depois, eu vejo isto ainda mais claramente. Durante este tempo, pensei sobre minha vida e minhas escolhas. Vi os erros que cometi e me arrependi sinceramente da grande maioria deles. 

Infelizmente minha família não vê as coisas da mesma forma que eu vejo agora. Eles estão todos no andar de baixo me esperando. Esperando pelo meu "grande momento" como minha mãe diz. Ela sempre sonhou com o dia em que eu me casaria. Um casamento dentro dos padrões imaginados, com toda a pompa e circunstância que nossa família tem direito. E meu pai! Ele está radiante dizendo para todos que sua pequena está casando com um rapaz de uma família distinta. Está sentado com o pai dele, os dois com caros charutos entre os dedos celebrando a tão esperada união das famílias. 

Mas quem eu estou querendo enganar? Eu sei que nunca serei a noiva perfeita. Por mais que eu tente, não consigo ficar feliz. E este é o requisito principal para uma noiva não é? Mais importante ainda que o vestido branco, o véu e a grinalda, não? Mas não consigo... Estou indo para meu casamento como quem vai para o supermercado... Como se este fosse apenas mais um dia, sem nada de especial. 

Você poderia estar me perguntando então porque eu estou fazendo isto. Por que estou seguindo para um casamento com um homem a quem nem sei se amo. Por que estou participando de uma celebração que é apenas para estreitar laços entre duas famílias da alta sociedade, para realizar o sonho de dois grandes patriarcas. 

Sim, porque todos aguardavam longamente por este momento. Todos de nossas famílias estão felizes com nosso casamento. Um casamento antecipado desde que nascemos. Nós namoramos porque foi isso que sempre esperaram de nós. Noivamos pelo mesmo motivo. O casamento é o próximo passo. 

E é por isso que propositalmente vou de encontro aos meus desejos, aos sonhos de amor verdadeiro. Faço isso por que sei que, caso contrário, eu vou quebrar o coração da minha família. E isso é algo que eu não posso fazer. Tudo em mim pode mudar, exceto o amor que tenho por minha família. Meus pais são minha estrutura, minha base, minha fortaleza. 

Eles podem ter errado muitas vezes, mas se o fizeram, foi por amor, não tenho dúvida. Sempre pude ver nos olhos deles que sempre fizeram o que acreditavam ser melhor para mim, simplesmente porque me amam mais que tudo. 

Não acham que isso é suficiente para que não consiga fazer nada que os magoe? 

Mas sabe o que mais me impulsiona a seguir em frente? É saber que se eles soubessem a verdade sobre o que sinto, cancelariam o casamento. Parece contraditório, mas se isso acontecesse, não mudaria a dor que aperta meu coração, apenas tornaria nós todos infelizes. 

Talvez o destino de um casamento com amor não me pertença. Posso viver com isso. 

É que, no fundo, eu acredito que não será algo tão ruim. Meu casamento, eu digo. Meu noivo é um bom homem. Ele mudou muito também. Passou por muito sofrimento e isso nos uniu. Ele é meu amigo. Sempre fomos, na verdade. Mas agora é diferente. Estamos muito mais próximos, ele se tornou meu melhor amigo. Eu sei que ele não me ama e, como já disse, eu também não tenho certeza se o amo. Não um amor de marido e mulher pelo menos. Mas nós nos importamos um com o outro. É por isso que eu e ele estamos fazendo isto. 

Enquanto eu termino minha maquiagem, no entanto, não consigo deixar de me perguntar quem é a garota que me encara no espelho. Não pode ser eu. O rosto dela está cheio de alegria, o verdadeiro rosto de uma noiva, enquanto eu choro por dentro, cheia de dúvidas e preocupações. Como meu próprio reflexo pode ser o de alguém que eu não conheço? Ou talvez eu conheça... 

A garota do reflexo sou eu. Eu sem todo o questionamento sobre o valor do nome, sobre a necessidade do poder, sobre o verdadeiro valor da amizade. Por algum motivo, eu continuo a mesma por fora. Meu noivo é o único que consegue enxergar meu verdadeiro rosto. Nem mesmo minha família notou as diferenças que ocorreram dentro de mim. E como poderiam se eu ainda ajo como agia antes? 

Quando que o meu reflexo vai mostrar quem eu sou por dentro? Será que um dia conseguirei exteriorizar minhas dúvidas e inquietações? Será que essas mudanças um dia serão concretas? Será que um dia terei coragem para tanto? Todas essas dúvidas me acompanharam ao altar, onde, sob olhares emocionados, eu mudaria meu sobrenome. O momento tão aguardado por todos. Todos, exceto eu.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sejamos Gays. Juntos.

Adorei a iniciativa do projeto e resolvi compartilhar com vocês!

.o.

Adriele Camacho de Almeida, 16 anos, foi encontrada morta na pequena cidade de Tarumã, Goiás, no último dia 6. O fazendeiro Cláudio Roberto de Assis, 36 anos, e seus dois filhos, um de 17 e outro de 13 anos, estão detidos e são acusados do assassinato. Segundo o delegado, o crime é de homofobia. Adriele era namorada da filha do fazendeiro que nunca admitiu o relacionamento das duas. E ainda que essa suspeita não se prove verdade, é preciso dizer algo.

Eu conhecia Adriele Camacho de Almeida. E você conhecia também. Porque Adriele somos nós. Assim, com sua morte, morremos um pouco. A menina que aos 16 anos foi, segundo testemunhas, ameaçada de morte e assassinada por namorar uma outra menina, é aquela carta de amor que você teve vergonha de entregar, é o sorriso discreto que veio depois daquele olhar cruzado, é o telefonema que não queríamos desligar. É cada vez mais difícil acreditar, mas tudo indica que Adriele foi vítima de um crime de ódio porque, vulnerável como todos nós, estava amando.

Sem conseguir entender mais nada depois de uma semana de “Bolsonaros”, me perguntei o que era possível ser feito. O que, se Adriele e tantos outros já morreram? Sim, porque estamos falando de um país que acaba de registrar um aumento de mais de 30% em assassinatos de homossexuais, entre gays, lésbicas e travestis.

E me ocorreu que, nessa ideia de que também morremos um pouco quando os nossos se vão, todos, eu, você, pais, filhos e amigos podemos e devemos ser gays. Porque a afirmação de ser gay já deixou de ser uma questão de orientação sexual.

Ser gay é uma questão de posicionamento e atitude diante desse mundo tão miseravelmente cheio de raiva.

Ser gay é ter o seu direito negado. É ser interrompido. Quantos de nós não nos reconhecemos assim?

Quero então compartilhar essa ideia com todos.

Sejamos gays.

Independente de idade, sexo, cor, religião e, sobretudo, independente de orientação sexual, é hora de passar a seguinte mensagem pra fora da janela: #EUSOUGAY

Para que sejamos vistos e ouvidos é simples:

1) Basta que cada um de vocês, sozinhos ou acompanhados da família, namorado, namorada, marido, mulher, amigo, amiga, presidente, presidenta, tirem uma foto com um cartaz, folha, post-it, o que for mais conveniente, com a seguinte mensagem estampada: #EUSOUGAY

2) Enviar essa foto para o mail projetoeusougay@gmail.com

3) E só :-)

Todas essas imagens serão usadas em uma vídeo-montagem será divulgada pelo You Tube e, se tudo der certo, por festivais, fóruns, palestras, mesas-redondas e no monitor de várias pessoas que tomam a todos nós que amamos por seres invisíveis.

A edição desse vídeo será feita pelo Daniel Ribeiro, diretor de curtas que, além de lindos de morrer, são super premiados: Café com Leite e Eu Não Quero Voltar Sozinho.

Quanto à minha pessoa, me chamo Carol Almeida, sou jornalista e espero por um mundo melhor, sempre.

As fotos podem ser enviadas até o dia 1º de maio.

Como diria uma canção de ninar da banda Belle & Sebastian: ”Faça algo bonito enquanto você pode. Não adormeça.” Não vamos adormecer. Vamos acordar. Acordar Adriele.

— Convido a todos os blogueiros de plantão a dar um Ctrl C + Ctrl V neste texto e saírem replicando essa iniciativa —

domingo, 10 de abril de 2011

"Perfeitos" de Scott Westerfeld

.o. Perfeitos .o. 
Scott Westerfeld 


WESTERFELD, Scott. Perfeitos. 1. ed. Rio de Janeiro: Record. 2010. 382 p.

SOBRE O AUTOR
Scott Westerfeld nasceu em 1963, no Texas, EUA. Com mais de 15 livros publicados, já ganhou os prêmios Victorian Premier e Aurealis, além de ter recebido o título de Melhor Livro para Jovens Adultos pelos livros Peeps e Uglies. Formado em Filosofia, ele já trabalhou como professor substituto, editor, designer de softwares e ghostwriter, ou seja, ele escrevia para outras pessoas assinarem. Segundo ele, seu trabalho era como “dirigir o carro de outra pessoa muito, muito rápido, por muito dinheiro”. Hoje, ele e a esposa, a escritora australiana Justine Larbalestier, dividem seu tempo entre Sidney, na Austrália, e Nova York, sempre tentando fugir do inverno. Sobre a experiência de ser casado com outra escritora, ele diz que “escritores são como gatos; é melhor ter dois para que eles brinquem juntos, em vez de beberem demais e arranharem o sofá”. 

sábado, 9 de abril de 2011

Noite de autógrafos de "A Batalha do Apocalipse"

E aí gente!

Para encerrar o mês de março aqui em Floripa, teve noite de autógrafos com o Eduardo Spohr! E como meu livrinho tava super triste sem um autógrafo, lá fui eu!



terça-feira, 5 de abril de 2011

Apoio para livros - parte 2!

E saíram novos modelos de apoio para livros! E lembrando: quem quiser encomendar, só me adicionar no messenger (bizinhavieira@hotmail.com) ou mandar e-mail (bizinhavieira@gmail.com)!

Anjo

Cachorro

Carro

Coelho

Coração

Coruja

Gato

Ovelha

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