Eu ainda mal consigo acreditar, mas ganhei o concurso da intrínseca de "Zumbifique um livro". Não que eu não achasse que o texto estava legal, mas nunca imaginei que iriam selecionar o meu! Bem, praqueles que não leram o texto que enviei (adaptação do livro "O dilema do onívoro"), posto aqui:
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O dilema do zumbi
Em alguma medida, a questão de saber o que vamos comer na próxima refeição toma de assalto todo zumbi, e tem sido sempre assim. Quando comemos nossa própria fonte de multiplicação da espécie, decidir o que se deve comer irá necessariamente provocar ansiedade, sobretudo quando algumas das comidas à nossa disposição têm o irritante hábito de tentar arrancar nossas cabeças na busca de liberdade.
Se antes cada um de nós precisava lidar com este dilema decidindo por si próprio se o melhor seria comer o tigre ou o caçador, hoje em dia, quando conseguimos estabelecer um convívio harmônico entre os de nossa espécie, contamos com aqueles que criam manadas de seres humanos, seja em semi-liberdade ou em confinamento para abastecer as cidades de nossa principal fonte de proteína, na maioria das vezes não precisamos ir à caça, nem enfrentar humanos rebeldes, basta irmos ao supermercado e pegar um pacote de pernil humano e uma garrafa de um bom sangue fermentado para termos uma refeição satisfatória.
Mas a lenta reprodução da espécie (cada fêmea, em situação natural, pare apenas um filhote por ano), fez com que quantidades cada vez maiores de hormônios fossem injetados nessas manadas, fazendo com que as fêmeas passassem a parir uma média de três filhotes/ano.
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