.o. O Livro do Cemitério .o.
Neil Gaiman
Neil Gaiman nasceu em 1960, na cidade de Portchester, Inglaterra. Desde pequeno, demonstrou sua ligação com os quadrinhos. Seu trabalho mais conhecido é "Sandman", que o imortalizou entre os fãs de HQs. Por 75 números, Gaiman e "Sandman" foram se tornando cada vez mais famosos. A série tornou-se o carro-chefe do selo Vertigo, destinado a um público geralmente adulto que não queria mais saber de super-heróis. O autor ganhou reconhecimento da crítica ao receber prêmios ao redor do mundo, entre eles o prestigiado World Fantasy Award, geralmente concedidos apenas a obras em prosa.
Quem é o protagonista desse livro? Ninguém. Para ser mais precisa, Ninguém Owens – o menino que apareceu ainda bebê no cemitério da Cidade Velha e que foi adotado pelo casal Owens e recebeu a “liberdade do cemitério”. E essa liberdade é que permeia todo o livro, pois é ela que concede ao jovem Nin poderes nunca recebidos por um vivo antes.
E enquanto cresce protegido pelo cemitério e seus habitantes, Nin procura descobrir mais informações sobre como foi parar ali, sobre o que ocorreu com sua família e porque ainda está em perigo fora dos muros do cemitério.
Para todos que não temem ler um livro levemente voltado ao público infantil, recomendo com certeza! Uma história contada pela ingenuidade da criança e que nos mostra interessantes fatos a respeito dos cemitérios – antigos túmulos perdidos, guardiões de tesouros, solos não consagrados, portais ghouls, uma diversidade de epitáfios como o de Digby Poole, “Sou o Que Você Será” –, sem contar com personagens apaixonantes, incluindo uma múmia com um porco (que me arrancou boas gargalhadas, admito!) e um homem chamado Jack.
“Mas pelo menos, se morresse, pensou Nin, morreria sendo ele mesmo, com todas as suas lembranças, sabendo quem eram seus pais, quem era Silas, até quem era a srta. Lupescu.
Isso era bom.” p.101
“É como as pessoas que acreditam que serão mais felizes se elas se mudarem para outro lugar, mas que logo percebem que não é assim que funciona. Para onde quer que você vá, leva a si mesmo.” p.116
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