.o. Feios .o.
Scott Westerfeld
Scott Westerfeld nasceu em 1963, no Texas, EUA. Com mais de 15 livros publicados, já ganhou os prêmios Victorian Premier e Aurealis, além de ter recebido o título de Melhor Livro para Jovens Adultos pelos livros Peeps e Uglies. Formado em Filosofia, ele já trabalhou como professor substituto, editor, designer de softwares e ghostwriter, ou seja, ele escrevia para outras pessoas assinarem. Segundo ele, seu trabalho era como “dirigir o carro de outra pessoa muito, muito rápido, por muito dinheiro”. Hoje, ele e a esposa, a escritora australiana Justine Larbalestier, dividem seu tempo entre Sidney, na Austrália, e Nova York, sempre tentando fugir do inverno. Sobre a experiência de ser casado com outra escritora, ele diz que “escritores são como gatos; é melhor ter dois para que eles brinquem juntos, em vez de beberem demais e arranharem o sofá”.
Tally quer ser perfeita. Perfeita porque isso significa festa, significa voltar a reencontrar seus amigos. E claro, também significa paz. Pelo menos é o que falam na escola dos feios, pessoas que, como ela, ainda não passaram pela cirurgia que iguala todos e impede que a violência volte a fazer parte do cotidiano do mundo. Ela nunca nem questionou o fato de se tornar perfeita. Pelo menos não até conhecer Shay.
Foi através de Shay que Tally ficou sabendo de um lugar chamado Fumaça, um lugar secreto, um lugar diferente de todos, um lugar em que ninguém é perfeito. E saber sobre esse lugar muda toda a vida de Tally. Não que ela quisesse, diga-se de passagem, mas mudou.
Através de uma narrativa leve, o autor nos leva pelos percalços do caminho de Tally em busca da perfeição e traz uma reflexão sobre o que um mundo de pessoas perfeitas significaria e sobre o que significa ser perfeito. E que sempre há um preço para a beleza. E ao terminar o livro só tenho um arrependimento: não ter comprado a continuação ainda. Super indicado!
“Já pensou na possibilidade de que, quando você for perfeita, talvez não precise aprontar e armar confusões? Talvez os feios sempre estejam brigando ou se provocando exatamente porque são feios. Porque não estão satisfeitos com o que são.” p.86
“A natureza, afinal, não precisava de uma operação para ficar linda. Ela simplesmente era.” p.224
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