terça-feira, 30 de março de 2010

"A Hospedeira" de Stephenie Meyer

Desafio Literário: META 2: um chick-lit


.o O o.
A Hospedeira
Stephenie Meyer


MEYER, Stephenie. A Hospedeira. 1.ed. Rio de Janeiro: Intrínseca. 2009. 560 p.
Tradução: Renato Aguiar
http://www.stepheniemeyer.com/thehost.html


SOBRE O AUTOR
     Stephenie Meyer ficou mundialmente conhecida pela série iniciada por "Crepúsculo", seu primeiro livro. Teve a idéia para o livro durante um sonho e não conseguiu mais dormir enquanto não escreveu aquela parte da história. Continuando com a vida habitual durante o dia e escrevendo durante a noite, concluiu "Crepúsculo" em três meses. "A hospedeira" é seu primeiro livro adulto. Disse ter tido a idéia numa viagem tediosa de carro e começou a inventar uma história para si. Ao fim da viagem já havia imaginado a maior parte do enredo e ficou fascinada com aquele estranho triângulo amoroso. O livro foi lançado alguns meses antes de "Amanhecer" e até hoje permanece na lista de mais vendidos.




domingo, 28 de março de 2010

Ler devia ser proibido

Copio o título do vídeo do YouTube porque ele se encaixa muito bem. Ler vicia. Ponto final. E vício não é algo bom, basta olhar no dicionário: "defeito físico ou moral", "tendência para o mal", "depravação", "hábito nocivo e geralmente incontrolável". Não bastasse isso, ainda cria um turbilhão de emoções! Esse excesso de sentimentos não deve fazer bem ao coração.

Ontem comecei a ler "Traída", o segundo volume da série "The House of Night". Terminei hoje pela manhã. Sim, são 330 páginas de leitura leve, com um palavreado adolescente e tudo mais. Então, apesar de ter engolido quase inteiro o livro, não seria capaz de me deixar com algum tipo de crise estomacal (desculpem a comparação). Mas nessas horas que dediquei ao livro ri com alguns pensamentos que atormentavam a narradora, fiquei nervosa com o que poderia acontecer com alguns personagens, fiquei seriamente desconfiada de outros, amedrontada com o que se apresentava, excitada pela perspectiva de novas amizades, tão dividida quanto a narradora quanto às questões amorosas e solucei com ela ao perdermos ao mesmo tempo uma amiga. Isso sem contar que, no meio da leitura, precisei fazer uma pausa; estava tendo uma festa em minha casa, então, óbvio que não podia ficar entocada atrás do livro, mas quem disse que isso não me incomodou? Queria voltar, queria devorar as páginas, queria ser Zoey por mais algumas horas.

E isso não é apenas sobre esse livro especificamente, qualquer bom livro gera, no mínimo, sentimentos contraditórios: sempre se quer chegar logo ao final, ler o ápice da história; é pra chegar ao final que começamos a ler o livro; mas o fim também é trágico, nem sempre queremos nos despedir de um bom livro, nos separar dos nossos personagens preferidos. Incontáveis vezes fechei um volume me recusando a ler os últimos capítulos de um livro, mas voltando pra ler "só uma página" questão de minutos depois.

Caso alguém esteja se perguntando o que eu quero dizer por "bom livro", para mim um livro é bom quando me faz sentir esse turbilhão de emoções, quando me transporta pra um mundo diferente, quando me faz pensar sobre minha própria vida, minhas ações, meus sentimentos...

Podem me chamar de contraditória, mas é a mais pura verdade. Um livro é uma benção e uma maldição. Mas acho que a parte da "benção" supera a da "maldição", não acham?


domingo, 21 de março de 2010

Mais que um pedacinho de terra perdido no mar

Nesta terça-feira, dia 23 de março de 2010, minha querida Florianópolis completará 284 anos. O primeiro povoado propriamente dito, chamado então de Ilha de Santa Catarina e posteriormente de Nossa Senhora do Desterro, foi fundado pelo bandeirante Dias Velho que na ilha aportou por volta de 1675, dito destemido por querer desbravar uma terra cobiçada por piratas. E, de acordo com o historiador Evaldo Pauli, foi deste pequeno povoado que surgiu todo o Estado de Santa Catarina.

E nessa ilha com pouco mais de 430 m2 de área, cada rua, esquina, praça, praia, fortificação tem uma história que vale a pena ser contada. Uma capital que nunca foi a maior cidade do Estado, nem em área nem em população. Uma capital em que a população não perde a simplicidade, onde as pessoas ainda se encontram para discutir política no "senadinho" (uma esquina em particular da Rua Felipe Schmidt), onde todas as tardes se encontra gente jogando dominó no Largo da Catedral, onde levar o curió ou o coleira pra dar uma volta pelas ruas é algo banal, onde se gosta de comprar peixe direto dos pescadores no fim do arrastão da rede, onde se vai na Festa da Laranja, mas que a última coisa que se encontra lá é a referida fruta, onde "descer" e "ir lá em baixo" são sinônimos de ir ao centro da cidade, onde sempre se encontra gente sentada lendo jornal sob a centenária figueira da Praça XV de Novembro.

E a figueira... Ainda hoje me lembro do primeiro passeio da escola para visitar o centro histórico da cidade. Com certeza não foi a primeira vez que passamos ali, mas foi a primeira vez que ouvi a história daquele lugar. Não lembro das exatas palavras da professora, mas lembro do encantamento que senti, como desde então aquela árvore pra mim passou a representar o coração da cidade. Uma árvore que foi transplantada do pátio da catedral pro centro da praça, que não suporta o próprio peso dos galhos, cuja lenda diz que era ponto de encontro das bruxas que habitavam a região, que até hoje atrai turistas que ficam dando voltas ao seu redor como forma de pedir que um dia voltem pra cá...

É melhor eu parar... Não tenho como ser parcial quando falo de minha cidade e já devo estar sendo redundante. Me faltam palavras, mas sobram sentimentos e as lágrimas já me enchem os olhos. Só me resta repetir o que cantou Zininho, compositor do hino da cidade - Rancho de amor a Ilha, "jamais algum poeta teve tanto pra cantar".

quinta-feira, 11 de março de 2010

Desafio Literário. "O Ladrão de Raios" de Rick Riordan

Navegando pela net outro dia acabei esbarrando num "desafio literário" super simples: ler doze livros em 2010. Um livro por mês. Cada mês com um tema, claro. Só que precisaria se inscrever no desafio até dezembro... Uma pena, mas mesmo assim resolvi seguir como incentivo pra vencer em partes minha pilha de livros. Só que então resolvi ignorar a ordem. Até porque durante as férias deste ano já havia cumprido alguns itens da listagem, faltaria só fazer uma resenha, que vou postar aqui assim que as for fazendo.

E aqui vem a primeira meta cumprida, vou fazer este antes porque já deveria até ter devolvido o livro (aproveito pra mandar um beijo pra Táta! Não briga comigo não!).

META 1: um livro adaptado para o cinema

.o O o.
O Ladrão de Raios
Rick Riordan


RIORDAN, Rick. Percy Jackson & os Olimpianos: O Ladrão de Raios. 2.ed. Rio de Janeiro: Intrínseca. 2010. 387 p. Série Percy Jackson e os Olimpianos - Livro 1.

SOBRE O AUTOR
     Rick Riordan é americano, professor de inglês e história e tinha 44 anos quando a primeira edição de "Ladrão de Raios" foi lançada. Já era autor de livros adultos antes de escrever a série em questão. Sua inspiração veio de seu filho que pediu que contasse os mitos gregos para ele antes de dormir. Quando esgotou o repertório o pequeno reclamou e perguntou se ele não poderia inventar mais algumas. E foi por causa de seu filho (porém não sei se o mesmo), que também passava por esses problemas, que teve a idéia de Percy ser dislexico e ter déficit de atenção. De acordo com o que diz, foi a forma que encontrou para homenagear todas as crianças que conheceu com essas condições.




domingo, 7 de março de 2010

8 de março - Dia Internacional da Mulher

Dia internacional da mulher. Não estava nos meus planos fazer uma postagem a respeito, só pensava em fazer uma imagem em homenagem. Passei a procurar, então, uma frase do movimento feminista, uma que enaltecesse a força da mulher; mas acabei me deparando com inúmeras páginas que traziam frases pregando a superioridade da mulher sobre o homem. E foi por isso que escolhi a frase acima e pelo mesmo motivo que vou desabafar nas próximas linhas.

Não planejo dar uma aula sobre feminismo, nem tenho condições para tal. Meu conhecimento do movimento vem simplesmente de artigos da internet, algumas inclusive que li apenas depois de me indignar com as páginas citadas acima pra ter certeza que minha concepção não estava equivocada. Só quero desabafar um pouco e, quem sabe, acabar um pouco com o "pré-conceito" que muitos tem de quem se denomina feminista.

Primeiramente, o movimento feminista não prega a superioridade feminina, muito menos a inutilidade masculina. Feminista não é o contrário de machista. Claro que, como qualquer movimento, há quem pregue isso, e essas pessoas passaram a ser chamadas de "femistas".

Sim, precisaram lutar contra direitos dos homens no início, mas simplesmente porque havia leis que diziam, seja direta ou indiretamente, que a mulher era propriedade, ora do pai ora do marido; que proibiam as mulheres de trabalhar, de votar, de testemunhar! Quem não se indigna ao saber que há países em que o depoimento de uma mulher que foi estuprada não vale nada se nenhum homem presenciou o fato? É contra essas coisas que o feminismo luta. Pela igualdade. Para que os direitos sejam dos seres humanos, sem rótulos de "homens" e "mulheres".

Mas mudar leis é relativamente fácil, principalmente se comparado com a mudança que também é necessária na cultura. Não concorda? Seguem algumas pequenas coisas em que grande parte acredita, mas que dizem muito:

- Vai pra balada e fica com pelo menos 6 pessoas diferentes. Se for homem: pegador. Se for mulher: galinha.
- Resolve transar na primeira noite. Se for homem: garanhão. Se for mulher: fácil.
- Transar antes do casamento. Para os homens: tudo bem, quase obrigação. Para as mulheres: em muitos casos, puta.
- Ganha uma promoção rápida no emprego. Se for homem: é competente. Se for mulher: dormiu com o chefe.
- Trabalha às vezes mais de 8h por dia, sem contar o tempo do transporte; chega em casa e tudo que quer é descansar. Se for homem: tudo bem, descanso merecido. Se for mulher: preguiçosa, tem mais é que levantar e cuidar da casa.

Claro que nem todo mundo pensa dessa forma, mas acredito que todo mundo ao menos conheça alguém que, em maior ou menor grau, pense dessa forma... Desabafo feito, deixo meus parabéns a todas as mulheres e também algumas frases para refletir:

"O feminismo é a noção radical de que as mulheres sejam pessoas." (Cheris Kramarae y Paula Treichler)

"Se ensina aos homens a desculpar-se por suas debilidades, e às mulheres por suas capacidades." (Lois Wyse)

"Ninguém reclama se uma mulher for uma boa escritora, escultora ou especialista em genética, sempre que ela também demonstre ser boa esposa, boa mãe, bonita, estar sempre de bom humor, se vestir bem, estar sempre arrumada e não se queixar nunca." (Marya Mannes)

"Existem poucos trabalhos que exigem possuir um pênis ou uma vagina. Todos os outros deveriam ser acessíveis a todos." (Florynce Kennedy)

"Os únicos trabalhos que nenhum homem pode fazer é ser uma incubadora humana ou amamentar. Mesmo assim, o único trabalho que nenhuma mulher pode fazer é ser doadora de esperma." (Wilma Scott Heide)

"Um homem suporta a dor como um castigo não merecido; uma mulher a assume como seu patrimônio natural."

"Se arranhar um pouco, verá que embaixo da superfície de muitas feministas há uma mulher que deseja ser sexualmente atrativa. A diferença é que isso não é o único que ela deseja ser." (Betty Rollin)

"'Fácil' é o adjetivo que se utiliza para descrever uma mulher que tem a moral sexual de um homem." (Nancy Linn-Desmond)

"Temos que confiar mais em nós mesmas. Nunca conheci uma mulher que realmente acreditasse que possui pernas maravilhosas. E as que suspeitam que possam ter pernas maravilhosas estão convencidas de que possuem uma voz horrível ou que não tenham pescoço." (Cynthia Heimel)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Presente de mim para mim mesma

Sendo hoje o grande dia, resolvi dar a mim mesma um presente de aniversário! E o que seria? A assinatura do Clássicos Abril Coleções! São trinta obras em trinta e cinco volumes com capa dura revestida de tecido! Lindos! E além de lindos, vários são livros que sempre quis ler.

A coleção conta, entre as 30 obras, com 13 diferentes nacionalidades: um alemão (Johann Wolfgang von Goethe), um austro-húngaro (Franz Kafka), dois brasileiros (Euclides da Cunha, Machado de Assis), seis britânicos (Charles Dickens, Emily Brontë, Jane Austen, Joseph Rudyard Kipling, Oscar Wilde, William Shakespeare), um espanhol (Miguel de Cervantes y Saavedra), dois estadunidenses (Henry James, Herman Melville), cinco franceses (Gustave Flaubert, Honoré de Balzac, Marcel Proust, Stendhal, Voltaire), um grego (Homero), três italianos (Dante Alighieri, Giovanni Verga, Luigi Pirandello), um polonês (Joseph Conrad), três portugueses (Fernando Pessoa, José Maria de Eça de Queirós, Luís de Camões), três russos (Anton Pavlovitch Tchekhov, Fiódor Dostoiévski, Maksim Górki) e um uruguaio (Horacio Quiroga). Isso sem contar que dois deles (Joseph Rudyard Kipling e Luigi Pirandello) ganharam o Prêmio Nobel de Literatura.

E pra quem ficou curioso, a listas dos livros é a seguinte:

1. Crime e castigo (vol. 1 e 2) - Fiódor Dostoiévski (tradução: Rosário Fusco)
2. Madame Bovary - Gustave Flaubert (tradução: Fúlvia M. L. Moretto)
3. O retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde (tradução: José Eduardo Riberito Moretzsohn)
5. A divina comédia - Inferno - Dante Alighieri (tradução: Jorge Wanderley - Márcia)
6. Os sofrimentos do jovem Werther - Johann Wolfgang von Goethe (tradução: Leonardo César Lack)
7. O engenhoso fidalgo Dom Quixote da Mancha (vol. 1 e 2) - Miguel de Cervantes y Saavedra (tradução: José Luis Sánchez e Carlos Nougué)
8. HamletRei Lear e Macbeth - William Shakespeare (tradução: Barbara Heliodora)
9. Ilusões perdidas (vol. 1 e 2) - Honoré de Balzac (tradução: Leila de Aguiar Costa)
10. Orgulho e preconceito - Jane Austen (tradução: Lúcio Cardoso - Rafael)
11. O primo Basílio - José Maria de Eça de Queirós (tradução: Paulo Franchetti)
12. Moby Dick (vol. 1 e 2) - Herman Melville (tradução: Berenice Xavier)
13. O Falecido Mattia Pascal - Luigi Pirandello (tradução: Rômulo Antônio Giovelli e Francisco Degani)
14. O homem que queria ser rei e outras histórias - Joseph Rudyard Kipling (tradução: Cristina Carvalho Boselli)
15. Os lusíadas - Luís de Camões
16. A metamorfose - Franz Kafka (tradução: Lourival Holt Albuquerque)
17. Outra volta do parafuso - Henry James (tradução: Brenno Silveira)
18. O assassinato e outras histórias - Anton Pavlovitch Tchekhov (tradução: Rubens Figueiredo)
19. O morro dos ventos uivantes - Emily Brontë (tradução: Rachel de Queiroz)
20. Mensagem - Fernando Pessoa
21. Coração das Trevas - Joseph Conrad (tradução: Celso M. Paciornik)
22. O vermelho e o negro - Stendhal (tradução: Raquel Prado)
23. Cândido - Voltaire (tradução: Marcos Bagno)
24. Os Malavoglia - Giovanni Verga (tradução: Aurora Bernardini e Homero de Andrade)
25. Os sertões (vol. 1 e 2) - Euclides da Cunha
26. Contos de amor de loucura e de morte - Horacio Quiroga (tradução: Eric Nepomuceno)
27. Infância - Maksim Górki (tradução: Rubens Figueiredo)
28. Grandes esperanças - Charles Dickens (tradução: José Eduardo Riberito Moretzsohn)
29. No caminho de Swann - Marcel Proust (tradução: Fernando Py)
30. Odisseia - Homero (tradução: Jaime Bruna)


Além desse presente que será entregue em parcelas durante o ano, ainda ganhei "O amor nos tempos do cólera" de Gabriel Garcia Márquez, "Os homens que não amavam as mulheres" de Stieg Larsson, "A jóia de Medina" de Serry Jones, "Adeus, China" de Li Cunxin e "Traída" de P.C. e Kristin Cast.

Minha pilha não para de aumentar!
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